Viabilizar a <i>TNC</i>

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O plano de vi­a­bi­li­zação da TNC apre­sen­tado pelos tra­ba­lha­dores foi dis­cu­tido e vo­tado an­te­ontem em as­sem­bleia de cre­dores re­a­li­zada no Campus de Jus­tiça de Lisboa. Apesar da firme opo­sição do ad­mi­nis­trador de in­sol­vência, o plano me­receu o voto fa­vo­rável da mai­oria dos cre­dores, fal­tando apurar um, que so­li­citou um prazo de 10 dias para apre­sentar por es­crito o seu voto. Deste voto de­pende a for­mação de uma mai­oria su­pe­rior a dois terços ne­ces­sária para a vi­a­bi­li­zação do re­fe­rido plano.

O re­co­nhe­ci­mento dos cré­ditos de­vidos aos tra­ba­lha­dores, no valor de 7,5 mi­lhões de euros, foi outra das vi­tó­rias al­can­çadas nesta as­sem­bleia. De­vido ao valor que lhes é de­vido, os tra­ba­lha­dores ga­nharam di­reito a voto em fu­turas as­sem­bleias.

Mo­ti­vados pelo apoio da mai­oria dos cre­dores ao seu plano de vi­a­bi­li­zação, os tra­ba­lha­dores da TNC con­vo­caram para o pró­ximo dia 13, terça-feira, uma con­cen­tração junto ao Mi­nis­tério da Eco­nomia para exi­girem que o Go­verno apoie de facto a vi­a­bi­li­zação da em­presa e im­peça o ad­mi­nis­trador de in­sol­vência de con­cre­tizar aquele que pa­rece ser o seu ob­jec­tivo – a li­qui­dação da em­presa. Junto ao Campus de Jus­tiça es­ti­veram vá­rios tra­ba­lha­dores da em­presa, que con­taram com a vi­sita so­li­dária do de­pu­tado do PCP Mi­guel Tiago.

A luta dos tra­ba­lha­dores da Trans­por­ta­dora Na­ci­onal de Ca­mi­o­nagem co­meçou em Julho e teve já sig­ni­fi­ca­tivas ex­pres­sões, como as seis mar­chas lentas em di­recção a Lisboa e a par­ti­ci­pação dos tra­ba­lha­dores nas ac­ções da CGTP-IN re­a­li­zadas desde então. O que co­meçou por ser um facto con­su­mado – a in­sol­vência da em­presa – po­derá estar a um voto de ser so­lu­ci­o­nado, graças à uni­dade e fir­meza de­mons­tradas pelos tra­ba­lha­dores e pelo mo­vi­mento sin­dical uni­tário, com o apoio dos co­mu­nistas.

Também os tra­ba­lha­dores dos Es­ta­leiros Na­vais do Mon­dego não de­sistem de lutar pelos seus postos de tra­balho e pela vi­a­bi­li­zação da em­presa. Ontem en­con­traram-se com a de­pu­tada do PCP Rita Rato e no dia 16 des­locam-se ao Mi­nis­tério da Eco­nomia, em Lisboa, numa acção de pro­testo contra o en­cer­ra­mento da em­presa.



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